10/02/2017
Itaú vê inflação e juros menores em 2017 e 2018 e fala em meta menor
Autor: REUTERS

O banco Itaú diminuiu as projeções de inflação para abaixo do centro da meta estabelecida pelo governo em 2017 e 2018 e também a expectativa para a taxa básica de juros, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira (10) assinado pelo economista-chefe Mario Mesquita.
Neste cenário, o espaço para redução da meta de inflação em 2019 ficou ainda maior, segundo o banco.
Para a inflação, o Itaú reduziu a projeção de alta do IPCA a 4,4%, ante 4,7% previsto anteriormente. Em 2018, a previsão recuou a 3,8%, ante 4%. A meta de inflação estabelecida pelo governo é de 4,5% para os dois anos, com margem de 1,5 ponto percentual.
Dessa forma, com a inflação mais controlada, o Itaú vê espaço para que o centro da meta seja reduzida a 4%, mas apenas em 2019. "Acreditamos que a meta mais baixa será crível, o que contribuirá para reforçar o próprio processo de redução do patamar inflacionário", informou o banco em relatório.
O Itaú também passou projetar que a taxa básica de juros encerre o ano em 9,25%, sobre 9,75% antes. "Projetamos três cortes adicionais de 0,75 ponto percentual nas reuniões de fevereiro, abril e maio (do Comitê de Política Monetária) e mais três cortes de 0,50 ponto percentual em julho, setembro e outubro.
Para 2018, o banco estima a Selic em 8,25%, sobre 8,5% no cenário anterior.
As projeções para o câmbio também foram alteradas. A nova estimativa vê o dólar no fim do ano cotado a R$ 3,35, abaixo dos R$ 3,50 previstos anteriormente. Em 2018, a moeda norte-americana deve ser cotada a R$ 3,45, sobre R$ 3,50.
Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), o banco manteve suas contas, de crescimento de 1% neste ano e de 4% em 2018.